A Páscoa, O Hallel, e o Cálice da Salvação


“E tendo cantado um hino, partiram para o monte das oliveiras. (Mateus 26.30)



Jesus resolveu fazer de sua última páscoa aqui na terra, a primeira ceia de um novo povo, dando a este costume anual, um novo sentido e eternas implicações. Jesus ressignificou a páscoa!


Jesus serviu a ceia a Judas, mesmo sabendo que Judas era o traidor. Que lição para nós! O Mestre não excluiu Judas da comunhão em nome da santidade. Judas se perdeu por vontade e escolha próprias. O amor de Jesus e a comunhão são a essência da verdadeira páscoa cristã.



Os judeus do tempo de Jesus mantinham o costume de cantar, na páscoa, um grupo de salmos chamado “O Hallel”. A palavra “hallel”, traduzida do hebraico significa “aleluia”. Na nossa Bíblia, estes salmos estão divididos e numerados como 113, 114, 115, 116, 117 e 118. Na estrutura original destes Salmos, todos eles começam com a palavra hallel, daí o nome. O Salmo 113 e o 114, que eram um só, eram cantados antes da refeição pascal. Os demais eram cantados após a refeição. Muito provavelmente seja este o hino mencionado em Mt 26:30.



Mesmo sabendo que o jardim das oliveiras o aguardava para um momento de angustiante clamor, Jesus não deixou de adorar a Deus na páscoa. Ele sabia que a cruz o esperava, e que nela sofreria a maior dor que se possa imaginar, mesmo assim, Jesus adorou ao Pai cantando “O Hallel”.


O Cálice da Salvação


Muitos judeus, naquela páscoa que precedeu a crucificação, cantaram estes mesmos salmos que Jesus cantou. Porém, muitos destes judeus estavam totalmente tomados pelo ódio, inveja e maldade. Tramavam a morte de Jesus e amargavam cada segundo que antecedia o momento em que poderiam assassiná-lo. Enquanto isso, Jesus cantava e louvava a Deus.


Enquanto os religiosos pensavam em assassinato e crueldade, Jesus cantava: “Erguerei o cálice da salvação” (Sl 116.13). O Mestre do amor queria a salvação da humanidade. Ele queria que cada ser humano pudesse participar da páscoa espiritual, a ceia da comunhão com Deus e com o próximo. Cristo desejava que cada pessoa no mundo pudesse salvar sua casa, marcando-a com o sangue que Ele próprio derramaria na cruz (Ex 12.7; Jo 1.29; I Jo 1.7). 


Enquanto os religiosos queriam usar a morte para vencer Jesus, Jesus queria vencer a morte para salvar os pecadores, inclusive os religiosos.


Para Cristo, páscoa sem amor não é páscoa. Páscoa sem vida eterna e sem comunhão não é páscoa. Ele morreu para que pudéssemos desfrutar uma vida abundante, cheia de amor e paz. A última páscoa do Messias nesta terra consistiu em erguer o cálice da salvação. Por isso, hoje podemos ser salvos, e este é o desejo do Pai.


Deus quer que você seja salvo, querido leitor. 

Se você já foi salvo, Deus quer que você cultive o amor que Ele Te deu, construindo assim a comunhão com o próximo. 
Se não compreendermos estas verdades, nada mais valerá a pena. Por isso, desejo a todos:

“Feliz Páscoa, feliz comunhão, muito amor e muita vida. Muita Vida!”.

De seus irmãos em Cristo

Éder, Monique e Hellen Cristina Carvalho.

A todos, Graça e Paz!

www.twitter.com/edercarvalho@edercarvalho_ 

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